quinta-feira, 15 de agosto de 2013
ADVOGADO ACIONARÁ UNIÃO E ESTADOS PARA DEVOLUÇÃO DE IMPOSTOS RECOLHIDOS DA TELEXFREE

Investigada
pela Justiça por suspeita de crime financeiro, a Telexfree e os seus
divulgadores continuam a tentar intevir no processo que envolve a empresa. Em
contato com o Bahia Notícias nesta quarta-feira (14), o advogado criminalista
acreano Júlio Cavalcante Fortes promete entrar com uma ação popular na Justiça
do Acre para pedir que todos os impostos pagos pela companhia de
"marketing multinível" sejam devolvidos pela União, pelo estado do
Acre e em todas as outras unidades federativas em que a empresa se
instalou. “Só de imposto de renda em 2012 o governo federal recolheu R$ 59
milhões da Telexfree. Isso é um paradoxo. Como eles recolhem imposto de uma
empresa que consideram inidônea? Se o Estado diz que os donos da empresa são um
bando de estelionatários, como é que ele recolhe os impostos?",
questionou. Fortes defende que o governo é corresponsável pelos danos que a
suspensão dos serviços da Telexfree têm causado aos investidores, já que as
pessoas só entraram para a empresa porque os governos federal e estadual
permitiram que ela funcionasse de forma legal. “A Telexfree pode ser
responsabilizada pelos atos que ela praticou, mas como ela vinha funcionando há
mais de dois anos com a anuência do governo, há uma corresponsabilidade da
União e dos estados. Como ela [a Telexfree] não tem lastro pra cobrir todo o
rombo causado, esse prejuízo tem que ser estendido ao Estado. Ela tinha
registro e CNPJ, por que que só agora, depois de dois anos de funcionamento, é
que eles descobriram que é pirâmide financeira? A culpa é da Telexfree
associada à União e aos estados”, assegura. Em junho deste ano, a Justiça
acreana suspendeu os pagamentos aos membros e a adesão de novos investidores na
Telexfree. A proibição gerou protestos em todo o Brasil. Estima-se que, no
país, existam 1 milhão de divulgadores da companhia. Fortes diz que a Justiça
não pretende voltar atrás na decisão e que o único modo de as pessoas lesadas
recuperarem o prejuízo é acionar a União. “Realmente a Telexfree é uma pirâmide
financeira. Ela é fictícia. Não tem loja, prédio ou sede. A empresa é virtual,
não tem telefone e ninguém sabe quem são os gerentes. As pessoas prejudicadas
não vão ter o dinheiro de volta. Isso só acontecerá se processarem a
União", avaliou. Na Bahia, a Associação de Proteção aos Investidores de
Multinível (Apim) tenta fazer com que ao menos os investidores já cadastrados
recuperem o dinheiro despendido. O presidente do grupo, Felipe Senna, afirmou
que enviaria ao
Acre uma comitiva de quatro advogados para tentar intervir no caso. (Bahia Notícias)
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