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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Dissecando o pacote

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04/13
Coluna da quarta-feira
     Dissecando o pacote
De dinheiro novo, a presidente Dilma anunciou, ontem, em Fortaleza, R$ 9, 043 bilhões para reforçar as medidas de combate à seca. A princípio, o valor impressiona, mas quando dissecado vira quase um castelo de areia.
Em termos de investimentos, pode se subtrair de imediato R$ 3,147 bilhões referentes a dívidas renegociadas e não perdoadas, como queriam os governadores. Mais R$ 2,1 bilhões são de equipamentos agrícolas, máquinas destinadas aos municípios.
São importantes, são! Mas, na realidade, essas máquinas são produzidas no Rio Grande do Sul, deixando assim a riqueza gerada dos impostos por lá.
Quando entregues aos municípios, os equipamentos – retroescavadeiras, motoniveladoras, caminhões-caçambas, caminhões pipas e pás-carregadeiras – geram mais despesas e muitos municípios não podem manter, porque falta dinheiro até para o combustível.
Além disso, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que é do Rio do Grande do Sul e esteve presente ao encontro, disse aos prefeitos que a totalidade das máquinas só sai das fábricas no final do ano, entre novembro e dezembro.
De que adiantará mais? Do “dinheirão” de Dilma podem ser subtraídos ainda R$ 277 milhões destinados a reequipar o Exército e R$ 180 milhões para milho que não entram na conta do investimento direto nos municípios.
Nenhum governador, portanto, terá dinheiro na conta de imediato para aumentar parcerias com os municípios, gerar mais empregos e, consequentemente, minimizar os efeitos da estiagem, a maior dos últimos 50 anos.
Mas pela forma midiática das medidas a impressão que ficou e que Dilma está de fato preocupada e envolvida com a temática da seca no Nordeste.
Não é verdade. O Governo chega atrasado. Há municípios em que não há mais água sequer para o consumo humano e o rebanho bovino está sendo dizimado.
Pernambuco, por exemplo, já perdeu metade das suas 2,1 milhões de cabeças de gado. Se a União realmente tivesse priorizado a seca, essa tragédia, certamente, poderia ter sido evitada.
SEM VEZ E SEM VOZ– Para os municípios, a reunião de Fortaleza foi uma tremenda frustração. Na prática, os prefeitos só ganharam mais um carro-pipa e uma pá-escavadeira. Presidente da Amupe, o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), não teve direito a fala, mas levou o inconformismo da Federação Nacional dos Municípios, entidade que representou, a própria presidente Dilma, tão logo acabou o encontro, e ao ministro da Integração, Fernando Bezerra.
Riso maroto - Não se trata de fazer intriga, mas na hora em que o governador Eduardo Campos discursou na reunião da Sudene, ontem, em Fortaleza, a presidente Dilma ficou boa parte do tempo cochichando ao ouvido do governador cearense Cid Gomes, chegando a gargalhar. De que riam?
Pegou mal - O ministro Fernando Bezerra ficou mal na foto. Há 10 dias, num encontro com prefeitos na Amupe, ele acenou com a possibilidade dos municípios afetados pela seca usarem o cartão da Defesa Civil para compra de ração, recuperação de açudes e pagamentos de pipas. Mas, estranhamente, o pleito não entrou na pauta com Dilma, porque criaria um mecanismo de fundo a fundo, igual ao que Eduardo anunciou no encontro com prefeitos em Gravatá.
Nem aí - Mais uma vez, os governadores de Minas e Espírito Santo, mesmo com assento na Sudene, faltaram, ontem, à reunião do conselho da instituição. O engraçado é que, na véspera, ambos haviam confirmado, até porque a presidente Dilma estaria presente. O do Espírito Santo sequer mandou representante.
Bola cheia - Na presença dos governadores do Nordeste, a presidente Dilma deu, ontem, mais uma demonstração pública de que o prestígio do ministro Fernando Bezerra anda em alta no Planalto. Na sua fala preliminar, Dilma citou o nome do ministro por quatro vezes e deu todo o tempo que ele quis para detalhar as medidas anunciadas de combate à seca.

CURTAS
BUROCRACIA – Antes do encontro com Dilma, cinco governadores do Nordeste se reuniram num hotel em Fortaleza para afinar o discurso. Teotônio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas, relatou que seus colegas reclamaram muito do excesso de burocracia federal. “Entre o anúncio das medidas e a chegada dos recursos na área existe um hiato muito grande”, desabafou.
DILMA MUDOU– Dilma fez questão de levar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para o encontro com os governadores nordestinos e só não chegou acompanhada também do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), porque este se encontra em processo de recuperação de uma pequena cirurgia.
Perguntar não ofende: Por que Dilma está prestigiando tanto o Ceará, administrado por um socialista?
'Não te precipites em litigar, para que depois, ao fim, fiques sem ação, quando teu próximo te puser em apuros'. (Provérbios 25:8)
  Escrito por Magno Martins, às 06h00

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