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domingo, 27 de setembro de 2015

OPINIÃO: O império que veio do bode e a trajetória de um empresário vencedor

27 de setembro de 2015
Por 
cdl 3Foto: Farol de Notícias/Alejandro Garcia
Por Adelmo José dos Santos, Poeta e escritor serratalhadense
A garota Paquistanesa Malala, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2014, disse em seu discurso na “ONU”, que uma criança, uma caneta e um professor podem mudar o mundo. Em Serra Talhada aconteceu uma coisa inusitada: um homem e um bode só não mudou o mundo porque faltou a caneta e o professor. Mas mesmo assim ele conseguiu alavancar o progresso da cidade onde nasceu e se criou. Ele disse que nunca pensou em ser comerciante, e que queria mesmo era estudar, mas o seu pai disse que como os outros filhos não tinham estudado, ele também não iria estudar. Isso aconteceu na época que os coronéis, os comerciantes e os fazendeiros de posses, botavam os filhos para estudar na capital e se formar em direito ou medicina, pra poder bater no peito e dizer que tem um filho doutor.
João Duque de Souza ganhou do seu pai um bode para fazer o que quisesse, e foi comprando outros bodes chegando a ter dezessete. Impedido de estudar, João Duque ficou cabreiro, em 1946 vendeu os 17 bodes e comprou uma bodega: “A Casa Santa Terezinha” se tornando um bodegueiro. Foi assim que Seu João Duque começou a trabalhar vendendo conveniências e produtos para o lar. Seu João Duque, sempre inquieto, sentia que era preciso movimentar o comercio e começou a inovar. Na década de 60, época que a população usava fogão a lenha e a carvão, ele trouxe pra cidade o fogão a gás e o botijão. O tempo foi passando com João Duque prosperando e cada vez ele inovava, e trouxe o ferro elétrico pro lugar do ferro a brasa.
A história de João Duque é pra servir como exemplo, são mais de 60 anos à frente do próprio tempo. Quando todos estão no sábado, João Duque está no domingo aprendendo com o passado planejando o seu destino, leva a vida na labuta enquanto os outros estão dormindo. Em 1960 ele fundou a Cia. Telefônica de Serra Talhada. Dessa vez ele foi fundo, botando Serra Talhada pra se comunicar com o mundo. Isso foi muito bacana, até então a comunicação da cidade era somente através de cartas, do telex e telegrama. João Duque foi importante para o desenvolvimento, ele trouxe pra cidade o reboco com cimento, do pote pra geladeira, do rádio pra radiola, do candeeiro pra lâmpada, da máquina de escrever ao chegar ao notebook tudo isso com certeza teve o dedo de João Duque.
João Duque esteve em tudo nessa grande evolução, ele teve o monopólio na palma da sua mão. Começou tudo com um bode que ele ganhou do pai, hoje é dono de um império que a cada dia cresce mais. João Duque partiu na frente com as rédeas do comercio, foi abrindo as veredas e botou Serra Talhada no caminho do progresso. O progresso foi crescendo na batuta do seu dedo, ele trouxe a CDL e o Corpo de Bombeiros. Seu João Duque não sabia que ao ganhar aquele bode estava ganhando um tesouro, não era um simples bode tinha a força de um touro, se transformou num império e entrou para a história como “O Bode dos Ovos de Ouro”.

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