Coluna da sexta-feira
Violência pauta seminários
No
primeiro seminário “Todos por Pernambuco”, hoje, em Araripina, o
governador Paulo Câmara (PSB) vai perceber que em quatro anos, tempo que
o ex-governador Eduardo Campos (PSB) cumpriu igual agenda, a violência
aumentou muito, comprometendo o Pacto pela Vida.Reforçar o aparelhamento do sistema de repressão, melhorar as condições de trabalho das polícias Civil e Militar, além de políticas de combate ao crack, praga que se disseminou no Interior, serão as principais reivindicações que os prefeitos, lideranças empresariais e sindicais apresentarão ao governador.
O crescimento dos índices de homicídio tem se dado em todas as regiões do Estado, acentuando-se em todos os segmentos sociais. Ontem, por exemplo, a classe política de Serra Talhada, o segundo maior colégio eleitoral do Sertão, foi alvo da violência com o assassinato do vereador Cícero Fernandes da Silva, do PRP.
Anteontem em Petrolina, maior cidade do Sertão, mataram um empresário de pequeno porte. O prefeito Júlio Lóssio (PMDB) contou que na audiência que teve com Câmara, no mês passado, fez um relato do aumento da criminalidade. O assunto, portanto, estará não apenas na pauta de Araripina, mas também de Petrolina, amanhã, segunda etapa do fórum, e domingo, em Salgueiro.
Reunidos com a bancada federal na quarta-feira passada, 40 prefeitos reclamaram das dificuldades de manter em dia o pagamento dos servidores, principalmente em cumprir o piso dos professores com o aumento de 13%, além do reajuste do salário mínimo em 7,5%.
Frente a Frente com os prefeitos, hoje, Câmara vai ouvir o relato que foi feito à bancada federal e mais do que isso ser cobrado por novas parcerias, principalmente pela edição de mais um FEM – o fundo emergencial de ajuda aos municípios, criado pelo ex-governador Eduardo Campos.
CHIADEIRA – Na volta à base municipal, o governador vai ser cobrado também por mais agilidade nas obras em parceria. O caso mais simbólico é o da estrada que liga o distrito de Albuquerquené ao município de Afogados da Ingazeira, no Sertão. Trecho de apenas 60 km, representou o primeiro ato administrativo de Câmara, mas as obras só começaram de fato esta semana, ou seja, duraram um intervalo de mais de 60 dias.
Deputado trapalhão – O
mico da semana coube ao deputado Sílvio Costa (PTB). Em meio a uma
reunião com a bancada federal em que 40 prefeitos pediam socorro para
aumentar as receitas e tentar cumprir o piso salarial dos professores,
Costa carimbou o FEM – Fundo Emergencial dos Municípios – como obra
eleitoreira e se posicionou contra, atraindo para se a ira dos gestores.UTI aérea – Tão logo soube do assassinato do vereador Cícero Fernandes, o secretário estadual de Transportes, Sebastião Oliveira, informou ao governador Paulo Câmara e ao secretário da Casa Civil, Antônio Figueira. Na tentativa de salvar a vida do aliado, ofereceu à família uma UTI aérea, mas já era tarde. “Cícero era um homem valente, policial de bem”, lamentou Oliveira.
Chove, chuva! – Além de ordenar que ministros não saiam de Brasília neste fim de semana, a presidente Dilma aposta na chuva para desmobilizar o protesto do próximo domingo. Em Brasília, há previsão. Mas a dança da chuva é por São Paulo. O PT quer cautela na manifestação. Para evitar brigas e cenas como as que aconteceram no ato no Rio em defesa da Petrobras, as regionais da CUT foram orientadas a pedir patrulhas da PM.
Candidato em Olinda – O
presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, entregou à presidência da
Comissão de Ética do partido ao advogado Antônio Campos, irmão do
ex-governador Eduardo Campos. Com forte inserção cultural em Olinda,
onde ontem lançou mais um livro pelo transcurso do aniversário da
cidade, “Tonca”, como é mais conhecido, deve criar as condições para
disputar a prefeitura do município em 2016.CURTAS
ENTENDIMENTO– Com a morte do vereador Cícero Fernandes, ontem, em Serra Talhada, quem volta à Câmara daquele município é o suplente Paulo Melo. Embora filiado ao PR, de Sebastião Oliveira, Melo não apoiou os candidatos proporcionais do partido nas eleições passadas.
ATRASO – Vigilantes que prestam serviços aos Correios em boa parte do Sertão estão sem receber seus salários em dia, através da terceirizada Matrix. Nem mesmo o assalto à agência da ECT em São José do Belmonte sensibilizou o Governo a repassar o dinheiro dos vigilantes.
Perguntar não ofende: Os prefeitos vão ver a cor do dinheiro de Paulo Câmara nos seminários que começam hoje por Araripina.

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