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A situação, que já em dezembro se mostrava preocupante, quando o governo divulgou um aumento de 8,73% na taxa de homicídios em Pernambuco considerando o ano inteiro de 2014, parece ainda mais delicada neste momento. Os militares dizem estar desestimulados com seus salários e condições de trabalho e nem mesmo o anúncio de uma série de mudanças no pagamento das Gratificações do Pacto pela Vida (GPPVs), que agora serão calculadas pelo desempenho individual dos policiais, e a mudança do comando das polícias civil, militar e científica parecem incentivá-los.
“Como se não bastasse termos que tirar dinheiro do nosso próprio bolso para comprar coletes à prova de bala, armas e munição de boa qualidade, ainda temos que lidar com os baixos salários que recebemos. Os militares mais velhos ficam desmotivados e os mais novos, ao olharem para eles, também desanimam, pois veem que aquele é o futuro deles. Por isso não me surpreende esse crescimento nos índices de homicídios no Estado”, afirmou Alberisson Carlos, presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco.
No último dia 21, após assembleia que contou com a presença de mais de mil militares no Centro de Convenções, uma pauta de reivindicações da categoria foi entregue ao secretário de Administração do Estado, Milton Coelho. Nesta segunda-feira (2), o secretário reuniu-se com o titular da SDS, Alessandro Carvalho, e ambos definiram um anteprojeto que será apresentado na próxima quarta-feira (4) aos PMs. O documento foi criado com base nos pedidos dos policiais, mas o governo não apresentou maiores detalhes da proposta.
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