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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015


Presídios: Câmara vai ao ministro da Justiça

Do Diario de Pernambuco
O governador Paulo Câmara deverá viajar hoje a Brasília para uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Na pauta, a crise do sistema prisional, incluindo o destravamento da obra do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga, na Mata Norte. “Vou conversar visando à melhoria dessa questão (segurança pública)”, disse Câmara. 

Sobre a possibilidade de um encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT), o socialista garantiu que não existe nada marcado e que só deverá acontecer depois do carnaval. Os rumores de uma reunião entre os dois aumentaram após o encontro do governador com o ex-presidente Lula, em São Paulo, na última quinta.

 Câmara afirmou que primeiro concluirá a série de conversas com os ministros para depois falar com a Dilma. “Vou levar à presidente somente aquilo que for efetivamente possível de se realizar em 2015.”

Ontem, no Palácio do Campo das Princesas, o governador recebeu para um almoço o ex-senador Pedro Simon (PMDB/RS). “Conversamos sobre política e economia. Ele se mostrou preocupado com o cenário atual”, comentou o socialista.


Dilma promete se comunicar mais com o povo

Na conversa que teve com ministros, Dilma Rousseff admitiu que sua Presidência passa uma imagem de isolamento e prometeu mudar de comportamento, segundo um auxiliar. A petista disse que vai se comunicar mais com a população.
Dilma mandou que José Eduardo Cardozo (Justiça) entregue nesta semana o pacote anticorrupção, anunciado ainda no primeiro turno. Ela quer enviar as medidas para o Congresso logo após o Carnaval.
A prioridade definida pelo entorno da presidente para retomar a popularidade é se dedicar aos Estados em que a presidente venceu a eleição. Além do Nordeste, a agenda de viagens e ações incluirá Minas.(Da Folha de S.Paulo - Vera Magalhães)

PMDB quer nova regra para eleger deputados

Da Folha de S.Paulo – Ranier Bragon e Marcio Falcão
O PMDB, partido do novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), vai apresentar uma proposta fechada de reforma política cujo carro-chefe é o chamado "distritão", modelo que altera a forma como são escolhidos os deputados federais. O "distritão" que será defendido pelo PMDB é uma bandeira antiga do vice-presidente da República, Michel Temer. Cunha também apoia a mudança.
Pelo modelo, serão eleitos os candidatos a deputado federal mais votados em cada Estado. São Paulo, por exemplo, tem direito a 70 cadeiras na Câmara --logo, seriam eleitos os 70 candidatos mais votados no Estado.
Pelo sistema atual, nem sempre o mais votado é o eleito. Isso porque os votos válidos (em candidatos ou na legenda) são divididos pelo número de vagas de cada Estado, chegando-se ao chamado quociente eleitoral.
Esse sistema é criticado por distorções como a ocorrida na eleição de Enéas Carneiro em 2002. Seu 1,5 milhão de votos levou o nanico Prona a atingir o quociente eleitoral seis vezes, o que levou para a Câmara outros cinco candidatos da legenda. Um deles havia recebido apenas 275 votos.

Quem quer dinheiro?

O relator do Orçamento de 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), vai anunciar nesta terça-feira que destinará na proposta R$ 10 milhões em emendas para cada novo parlamentar do Congresso. A medida vai impactar as contas do governo em R$ 2,4 bilhões e foi articulada pela cúpula do PMDB, sem consultar o Palácio do Planalto. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, em reunião entre Jucá e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL). A informação é de Vera Magalhães, na sua coluna desta terça-feira, na Folha de S.Paulo.
Dos R$ 10 milhões a que terão direito, -- completa a colunista --, os novos parlamentares deverão destinar R$ 5 milhões para emendas a projetos ligados à saúde, e a outra metade a propostas de caráter geral. As emendas apresentadas à peça de 2015 por parlamentares que não foram reeleitos ou que continuam exercendo mandatos, orçadas em R$ 8 bilhões, não sofrerão alteração.




Aliados querem barrar o pacote fiscal de Dilma

Da Folha de S.Paulo – Marcio Falcão e Gabriela Guerreiro
Parlamentares dos partidos que apoiam o governo no Congresso começaram a se mobilizar para barrar ou atenuar o impacto das medidas de ajuste fiscal propostas pela presidente Dilma Rousseff.
O pacote, que reduz benefícios trabalhistas e previdenciários em busca de uma economia de R$ 18 bilhões neste ano, enfrenta resistências até no PT, o partido de Dilma.
Deputados e senadores apresentaram até a tarde desta segunda (9) 620 sugestões de mudanças nas duas medidas provisórias que compõem o pacote. Parlamentares governistas apresentaram 412 emendas, dois terços do total.
As mudanças atingem pontos centrais das medidas, que mudam regras para concessão do seguro-desemprego, do abono salarial, da pensão por morte e do seguro-defeso para pescadores artesanais.

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