ALTA - PERNAMBUCO TERÁ AUMENTO NA CONTA DE LUZ A PARTIR DESTA SEGUNDA-FEIRA
A partir da próxima segunda-feira (2), a conta de luz vai ficar mais
cara para os consumidores pernambucanos. A revisão tarifária
extraordinária para essas empresas foi aprovada hoje (27) pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a Celpe vai sofrer um reajuste
de 2,2%.
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Os maiores aumentos serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%).
A distribuidora CEA, do Amapá, não solicitou a revisão tarifária. Já
as empresas Amazonas Energia (AM), Boa Vista Energia e CERR (RR) não
terão revisão tarifária porque não participam do rateio da Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE) e não estão no Sistema Interligado
Nacional. A Ampla (RJ) também não passou pela revisão, porque seu
processo tarifário ocorre em 15 de março, quando todos os efeitos serão
considerados.
Os impactos da revisão serão diferentes conforme a região da
distribuidora. Para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste o impacto médio será de 28,7% e para as distribuidoras que
atuam nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%. A diferença ocorre
principalmente por causa do orçamento da CDE e da compra de energia
proveniente de Itaipu.
Também começa a valer na semana que vem os novos valores para as
bandeiras tarifárias, que permite a cobrança de um valor extra na conta
de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão
extraordinária, as distribuidoras também passarão neste ano pelos
reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da
concessão.
Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores,
como o orçamento da CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de
energia da Usina de Itaipu - por causa da falta de chuvas -, o resultado
do último leilão de ajuste – que aumentou a exposição das
distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de novas cotas de energia
hidrelétrica. “No ano passado e este ano, o custo da energia elétrica
tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico não está favorável,
temos despachado todas as térmicas, que têm um custo mais alto”,
explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
A revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das
distribuidoras, e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o
equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas
alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por
exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos
setoriais e de uso das redes elétricas. Na tarde de hoje, a Aneel também
aprovou o orçamento da CDE para este ano, que prevê repasse de R$ 22
bilhões para a conta dos consumidores de energia.
Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas
solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e a
maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais
cara.
Do NE10/ Agência Brasil
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