CORRUPÇÃO: Revista revela esquema de ‘disque-propina’ entre políticos brasileiros
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Segundo a publicação, Lopez possui registros de todas as operações que fez a mando do ex-chefe Youssef —um dos pivôs do escândalo e que já fez acordo de delação premiada com a Justiça.
Na lista de políticos que receberam dinheiro em espécie entregue por Lopez, diz a “Veja”, estão o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL), a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Todos eles, que já foram citados nas investigações, negam ter participado em irregularidades.
A revista relata que Lopez, já denunciado pelo Ministério Público, acondicionava o dinheiro das entregas no corpo, fixando as camadas de notas com filme plástico e fita adesiva. Ele viajava por aeroportos do país —sempre segundo a publicação— e nunca foi pego na fiscalização.
Segundo a reportagem, Collor recebeu R$ 50 mil em um apartamento no bairro da Bela Vista, em São Paulo.
O senador já havia sido citado nas investigações como destinatário de um depósito de R$ 50 mil de Youssef. Em manifestações anteriores, Collor negou conhecer o doleiro e irregularidades.
Já Roseana, segundo a revista, recebeu R$ 900 mil no Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão, intermediada um auxiliar. A senadora renunciou ao governo na quarta-feira (10), sob o argumento de que está enfrentando problemas de saúde.
O nome da ex-governadora também já havia aparecido no escândalo. Segundo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, outro que também já acertou delação, Roseana recebeu propina do esquema.
Ainda de acordo com a revista, o auxiliar registrou uma entrega de R$ 500 mil a Vaccari Neto, também investigado no caso. Ela teria sido feita em duas ocasiões em 2012, na sede do PT em São Paulo, divididas em uma de R$ 200 mil e outra de R$ 300 mil.
A reportagem também cita o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, os deputados federais Luiz Argôlo (SD-BA) e Nelson Meurer (PP-PR) e o ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR), cujo mandato foi cassado pelos colegas na semana passada. Os nomes de todos eles já haviam surgido no escândalo.
Meurer afirmou que não conhece e nunca esteve com Lopez, e que ele terá que provar na Justiça as acusações.
Adriano Bretas, advogado que representa o ex-funcionário de Youssef citado na reportagem disse que não comentaria.
( Do Blog do Jamildo)
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