Araripina Atenção

ESTILO: Um homem que não se rendeu a tecnologia e adotou a simplicidade como lema

30 de março de 2014

Por Giovanni Sá

Quem pensa que a tecnologia é tudo na vida ainda não conhece o estilo de Álvaro Gomes Leal, de 77 anos, comerciante serra-talhadense que trabalha com produtos têxteis desde 1967. Seu Álvaro comercializa  na Rua Agostinho de Magalhães, nº 173, há 47 anos e tem uma clientela fiel. A Casa Leal ainda tem um forte viés com o passado, desde ao layout da loja até ao atendimento. Sempre priorizando os desejos dos clientes.
Na loja do Seu Álvaro não tem máquina de passar cartão de crédito e o sistema de cadastramento de clientes ainda funciona à moda antiga: por meio de fichas em papel. Velho hábito do antigo vendedor ambulante que trabalhou nesse modelo por dez anos. “Eu planejo num futuro distante colocar uma máquina de passar cartão e implantar um sistema de administração mais moderno, mas, por hora, vamos continuar como estamos, porque sempre deu certo assim”, declarou o comerciante.
Os produtos mais vendidos são os tecidos, no entanto, muitas são as variedades  como produtos de cama, mesa e banho, roupas masculinas, peças íntimas, tapetes, chapéus, etc. Todas as notas fiscais destes produtos eram emitidas por bloco de cupons fiscais impressas, mas por exigência da lei o estabelecimento deve ter um computador com impressora para emitir uma nota fiscal impressa. “Aqui tem um computador e uma impressora para emitir o cupom fiscal e só tem porque o governo pede. A internet foi colocada no
computador semana passada”, disse Seu Álvaro.
O estabelecimento é bem movimentado, tanto que a reportagem do FAROL teve que dividir a atenção de Seu Álvaro com os vários clientes.  Sinal que a tecnologia não é, em alguns casos específicos, condição necessária para o sucesso empreendedor. O que conta é um bom atendimento e uma boa administração.
Pai de 5 filhos e avô de 12 netos, Álvaro  Gomes Leal é muito em conceituado entre os comerciantes e até agora não sofreu nenhuma investida de compra do prédio da Casa Leal. O que tem sido muito comum em Serra Talhada. “Mas se tentarem, a Casa Leal não está à venda. Vamos até o fim”, declarou Leal, bem ao seu estilo.

NAS CASAS LEAL, FUNCIONÁRIOS SÃO TRATADOS COMO AMIGOS

Com informações de Cleylton Ferreira