
CARLOS BRICKMANN
O
governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou providências
para combater o crime: a contratação de quadros para ampliar a Polícia
Técnica e o encurtamento do curso para formar policiais militares, para
que mais PMs possam entrar mais depressa em serviço - embora não estejam
tão bem preparados.
Providências para aumentar a segurança, claro! E haverá até quem acredite.
Mas
vamos aos fatos. Policiais do Denarc, o departamento de combate ao
tráfico de drogas, foram presos pela Polícia Federal por tráfico de
drogas - três toneladas de cocaína. O atual diretor do Denarc disse que
houve problemas em gestões anteriores. OK: mas o delegado anterior, que
segundo o atual não conseguiu evitar os problemas entre os 300 homens
sob seu comando no Denarc, foi transferido para um departamento maior, o
Deic, onde comanda 1.200 homens.
Alckmin, claro, saberá explicar
por que isso acontece; ou o atual titular está errado (e cabe-lhe pedir
desculpas ao chefe cuja autoridade se questionou) ou está certo - e por
que dar mais pessoal a quem não consegue controlá-lo?
Pelo menos
quatro grandes delegacias seccionais estão sem delegado titular: a de
São José dos Campos (o delegado morreu há mais de um mês), a de Taubaté
(o delegado está de licença-prêmio há mais de 90 dias), a de Jacareí (o
delegado está doente, licenciado), a do Litoral Norte (o delegado está
de férias). Em todas elas há policiais respondendo pelo expediente - não
mais do que isso. Alckmin finge que combate o crime. Mas ninguém precisa fingir que acredita. |
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