07/02
2015
2015
Coluna do sabadão
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A presidente Dilma escolheu um homem de sua confiança para presidir a Petrobras no lugar de Graça Foster, arrastada para a jaula dos leões pelo maior escândalo da história na estatal: o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Ele desapontou investidores que torciam por um nome do mercado para recuperar a imagem da petroleira.
Bendine, funcionário de carreira do BB, estava à frente do maior banco da América Latina desde 2009. Sob sua chefia, a instituição federal liderou uma ofensiva do governo petista no crédito para atenuar os efeitos da crise financeira global na economia brasileira.
A escolha de Bendine indica as dificuldades que Dilma teve para costurar a sucessão na Petrobras de forma súbita, em 48 horas, com a renúncia repentina da presidente Maria das Graças Foster e de outros cinco diretores da companhia, em um movimento que surpreendeu o Palácio do Planalto.
Além disso, por ser bastante alinhado às políticas do atual governo, a colocação de Bendine na liderança da Petrobras frustra expectativas de investidores e analistas de que o novo líder da petroleira viesse do mercado. O Bendine é uma pessoa muito identificada com a primeira gestão do governo Dilma.
O BB foi absolutamente comandado pelo governo na primeira gestão e a Petrobras precisaria de alguém mais independente, que peitasse o governo em determinadas situações e não fizesse loteamento de cargos. Nomes que vinham circulando na mídia para a Petrobras, como o de Murilo Ferreira, presidente da Vale, e o de José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, seriam opções melhores.
Pesa por não ser alguém do setor, mas pesa mais por ser identificado com a primeira gestão de Dilma. O novo comando da empresa terá entre seus desafios iniciais a regularização da publicação das demonstrações financeiras da estatal. Isso em meio à apuração de um escândalo de corrupção que exigirá que a companhia realize baixas contábeis bilionárias de ativos sobrevalorizados.
NO INTERIOR– A pedido do próprio grupo empresarial contatado, o Governo do Estado mantém sigilo sobre os novos investimentos que virão para Pernambuco em função da sua passagem por São Paulo, quinta-feira-passada. Os empresários estão de olho, segundo o blog apurou, numa área estratégica do Interior e não especificamente em Suape.
Fidelidade canina–
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Repercussão nacional – Nota do jornal O Globo sobre o encontro de Paulo Câmara com Lula: “O Instituto Lula estampou no seu site foto em que, sorridentes, apertavam as mãos o ex-presidente e o governador Paulo Câmara (PE). Eles almoçaram e trataram do futuro político do País. Depois de terem se enfrentado nas eleições, Câmara convidou Lula a visitar o Estado. Socialistas avaliam que a reunião deu início à distensão entre o PSB e os petistas”.
Na fila– Desde que o governador Paulo Câmara tomou posse, o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), do bloco de oposição, aguarda uma audiência solicitada em caráter de emergência. O secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, diz que existe uma demanda muito grande de prefeitos e que está, aos poucos, fazendo as acomodações de agenda.
Limpando a pauta–
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CURTAS
RECONDUZIDA– Filha do ex-governador João Lyra Neto (PSB), a deputada Raquel Lyra (PSB) chegou a criar expectativas como uma reserva do partido para presidente da Assembleia se o seu partido concorresse com candidato próprio, mas teve que se contentar com sua recondução para o comando da Comissão de Justiça.
ELOGIOS– Os prefeitos têm elogiado bastante o secretário de Agricultura, Nilton Mota, não apenas pelo conhecimento que tem demonstrado sobre o setor, mas, principalmente, pelo tratamento fácil que tem dispensado nas demandas recebidas dos municípios.
Perguntar não ofende: Dilma acertou na escolha do presidente do BB para comandar a Petrobras?
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